segunda-feira, dezembro 1, 2025
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Vitória com críticas: Mourinho explode contra a própria equipe: ‘Lentos e sem intensidade!’… Ver Mais

O Benfica garantiu, esta sexta-feira, o apuramento para a próxima fase da Taça de Portugal, ao bater o Chaves por 2-0, mas José Mourinho não escondeu a insatisfação com o desempenho da equipa. Apesar do resultado positivo, o técnico português deixou várias críticas à atitude e intensidade dos seus jogadores.

“Acho que controlámos o jogo. Mas não estou contente, porque trabalhámos de maneira diferente. Queríamos dar mais intensidade ao jogo ofensivo e fomos lentos”, começou por afirmar à RTP3, num tom visivelmente frustrado.

Mourinho explicou que o golo madrugador acabou por tirar o foco e a agressividade ofensiva da equipa:

“Sentimo-nos tranquilos demais. O golo cedo veio tranquilizar e passámos demasiado tempo a circular por fora, sem procurar profundidade. Na segunda parte foi melhor, jogámos mais no meio-campo adversário e tentámos matar o jogo.”

Apesar do tom crítico, o treinador sublinhou que o objetivo principal foi alcançado:

  • “A Taça é uma competição de ‘tomba-gigantes’ e de vencedores. O primeiro passo foi dado com alguma tranquilidade.”
  • Sobre a assimilação das suas ideias, Mourinho lembrou que o tempo de treino tem sido curto e que a equipa ainda está longe do que pretende:

“Treinei ontem e anteontem. Nos outros dias tínhamos apenas cinco ou seis jogadores. Fizemos algumas coisas que treinámos, mas a um ritmo mais baixo — na pressão, na circulação e na procura de profundidade. Esperava um bocadinho mais hoje.”

Em declarações à Sport TV, o técnico reforçou as críticas à exibição da primeira parte:

“Marcámos cedo e, normalmente, o mais difícil nestes jogos é marcar. Mas tivemos bola sem intenção de agredir o adversário, sem procurar profundidade. Na segunda parte melhorámos, fomos mais objetivos e demos mais intensidade.”

Mesmo assim, Mourinho não deixou de elogiar o Chaves e o técnico Filipe:

“Tenho de falar do Chaves, do Filipe, um treinador que aprecio há muito tempo. É uma equipa organizada, num sistema tático difícil de quebrar. Mérito para eles pelas dificuldades que criaram.”

O treinador do Benfica também explicou a substituição de João Rego ao intervalo, optando pela entrada de Schjelderup:

“Foi por precaução. Tinha amarelo e, num jogador jovem, há sempre o risco de ver o segundo. O Schjelderup podia dar-nos mais desequilíbrios pela esquerda. O Dahl foi o jogador que melhor interpretou o que pedimos.”

Por fim, Mourinho já olha para o próximo desafio europeu, frente ao Newcastle, e deixou um aviso sobre o grau de dificuldade:

“Vai ser barra pesada. É uma equipa muito física, com grande intensidade no meio-campo. Nós não somos exatamente uma equipa intensa. E o estádio joga… Stamford Bridge é simpático, mas St. James’ Park é outra história.”

Com este triunfo, o Benfica segue firme na Taça, mas Mourinho deixa claro: o resultado não basta — exige mais atitude, mais velocidade e mais alma.

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